PARÁ: Menino de 9 anos morre após cinco dias internado por engolir um apito

Por Redação Ceará Agora 11/04/2024 - 09:35 hs
Foto: Reprodução
PARÁ: Menino de 9 anos morre após cinco dias internado por engolir um apito
PARÁ: Menino de 9 anos morre após cinco dias internado por engolir um apito

O menino Christian de 9 anos de idade, morreu na manhã dessa quarta-feira (10), após travar uma luta pela sobrevivência durante os cinco dias em que ficou intubado no Hospital Geral de Parauapebas (HGP). Ele faleceu durante o trajeto de ambulância que o transferia para o munícipio de Redenção, para a retirada de um objeto no pulmão.

A criança precisou ser internada no dia 5 deste mês, após engolir um objeto, que a família acredita se tratar de um apito, e ficou alojado no pulmão dele. Como o HGP não realiza o procedimento, Christian precisava ser transferido, o que só aconteceu nesta quarta-feira, após ação protocolada no Ministério Público pela família.

Devastado, Renan, o tio de Christian, afirmou ao Correio de Carajás que a equipe médica que atendeu o sobrinho atuou com negligência, resultando em demora para transferir a criança, o que pode ter colaborado para a morte do menino. “Ficamos todos esses dias implorando por ajuda, mas ninguém fez nada, clamamos e ninguém nos ouviu. Hoje, a morte do meu sobrinho está nas mãos de quem deveria cuidar dele, mas não cuidou”, desabafou.

O pai de Christian chegou a compartilhar nas redes sociais vídeos informando o estado de saúde do filho, e pedindo ajuda para conseguir a transferência do menino. “A cada dia que se passa ele vai piorando o estado de saúde dele. Eu não sei mais o que fazer. Não estou comendo, não estou dormido direito. A todo momento eu estou chorando, peço humildemente que quem tiver assistindo a esse vídeo se puder ajudar”, disse ele em um dos clamores que gravou e publicou em rede social.

Esta é terceira denúncia de negligência médica que o Correio de Carajás divulga em seis dias. O primeiro caso foi o de Ana Beatriz Cardoso, cujo filho morreu horas depois do parto.

O segundo foi de Larissa Vilar. A filha dela, uma bebê de um mês e dezesseis dias morreu após esperar 24 horas dentro do HGP por uma consulta com uma pediatra.

Nesses últimos dois casos a reportagem procurou a Assessoria de Comunicação do município para esclarecimentos, mas nunca obteve retorno.

Sobre o caso de Christian, o Correio de Carajás procurou a direção do hospital, enquanto o menino ainda estava vivo. O questionamento foi referente à denúncia da família sobre a demora em transferi-lo para outro hospital. A informação que obtivemos foi que já haviam solicitado um leito e aguardavam a regulação ser feita.